sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Chiclas" Pirata

... hoje, stressado como sempre, apeteceu-me uma "chicla" .... procurei, procurei, procurei.... e nada !... Em todos os cafés, tabacarias, mercearias e superfícies comerciais não consegui encontrar qualquer rasto das minhas "chiclas" preferidas... as que fazem, verdadeiramente, parte das minhas memórias... Se as virem ou se tiverem alguns exemplares, por favor, avisem !... Eu compro !...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os verdadeiros Culpados

Voltei a sonhar... e desta vez fui um "inquisidor mor" ao serviço da famosa e já, entre nós, enraizada, Troika... Incubiu-me, a Troika, de investigar e encontrar os verdadeiros culpados (têm mesmo de ser os verdadeiros !...  exigiram-me veementemente...) da situação de crise que o nosso (nosso por enquanto) Pais angustiadamente vive...

Não me fiz rogado e com a ajuda de reconhecidos politólogos (claro que também temos destes !...  se até temos submarinos caros.... atão um País como o nosso podia lá dispensar-se de ter politólogos), dizia eu, com a ajuda de reconhecidos politólogos, investiguei !...



E depressa concluí tão espinhosa e dura missão ...

O Presidente e os três Ex-Presidentes, certamente, não têm nada a ver com a crise... Antes pelo contrário !.... São pessoas notáveis, de capacidades imensas e a quem o país muito deve... Ai se não fossem eles.... se não fossem eles e estávamos, de certeza, bem pior... (Nesta altura ouvi um trovão imenso e o céu desenhou um raio pouco amigável... intrepertei este sinal como uma previsível mudança de tempo...) Como é que ninguém os ouviu antes ? E como não os ouvem agora em plena cerimónia comemorativa do 25 de Abril ? Definitivamente, estes não têm nada com o que se está a passar...

Analisei então o discurso dos Deputados e dos Partidos políticos e das suas ilustres e altruístas personagens que, reconhecidamente, se sacrificam, pessoal e familiarmente, em nome dos altos valores da Nação, da defesa e da prossecução do interesse e do bem público. Impossível serem eles os culpados, muito menos os verdadeiros culpados... Os seus discursos e ideias que possam ter, ainda que implicitamente, mostram-nos que sem a sua acção, seja à esquerda, seja à direita, seja ao centro ou seja, ainda, a outra direcção qualquer desde que exista no panorama político nacional, tudo isto seria, hoje, um verdadeiro caos !... Graças a eles, sobrevivemos !... (... não é que o raio do raio parece que se esticou do céu e me mordiscou, repetidamente, as orelhas ?) Estes também não têm nada a ver com a crise que se instalou... aliás, se olharmos na perspectiva certa veremos, sem dificuldade, que praticamente todos eles são credores da Pátria, quer pelos serviços que prestaram quer pela disponibilidade, em claro prejuízo próprio, que sempre manifestaram...

Ocorreu-me, então, que o culpado, o verdadeiro culpado tivesse sido e seja, ainda hoje, o Povo !... Trabalha pouco e é malandro, pensei eu... e a ideia instalou-se e enraizou-se mesmo... por isso é bem capaz de ser a verdadeira verdade, voltei eu a pensar... Assim, após aturado processo de investigação e estudo dirigi-me à Troika e apresentei-lhes as minhas brilhantes conclusões.  Com firmeza e sentido de Estado transmiti-lhe (à Troika, evidentemente): 
- Os três culpados, os verdadeiros culpados são o Manel Joaquim, o Zé Bastos e a Antonieta Lopes !...
(... o céu ficou escuro, trovejou, relampejou e choveu a cântaros... os raios fulminaram-me sem dó nem piedade...e só a pronta intervenção dos "amigos" Sócrates e Passos me livraram do poder destas forças da natureza... Pude, assim, prosseguir com a apresentação do resultado da minha intensa investigação...)

O Manuel Joaquim, pescador e agricultor nas horas vagas. Dá, assim um mau exemplo. O exemplo de uma pessoa verdadeiramente egoísta e monopolizadora. Não lhe basta ser pescador e, ainda, pratica agricultura nas horas vagas... Tal prática distorce a concorrência, rouba emprego e desincentiva o consumo !...

O Zé Bastos, comerciante. Tem uma mercearia aberta todos os dias e não encerra para férias há mais de 30 anos... Faz concorrência desleal ao tecido produtivo das grandes superfícies e incentiva o consumo excessivo e o endividamente pois vende fiado à maioria dos seus clientes...(ainda por cima pobre e remediados...)

A Antonieta Lopes. Professora. Tem exigido e praticado uma avaliação demasiado rigorosa dos seus alunos motivando vários chumbos apenas porque os seus alunos ou não sabem a matéria ou chegam atrasados ou lhes apetecem conversar durante as aulas...

A Troika ouviu-me, atentamente, e mandou o Governo actuar em conformidade. E o Governo actuou:

O Manuel Joaquim foi informado que se insistir nessa prática  fica impedido de ter acesso a qualquer financiamento comunitário e que a sua reforma nunca poderá execeder os 2500 € mensais. Informaram-no, ainda, que deve declarar os rendimentos de ambas as actividades em sede de IRS e promover os descontos para a Segurança Social (Não percebeu o recado nem percebeu o que é financiamento comunitário... ficou com medo que os 2500 € fossem alguma multa qualquer e resolveu emigrar )...

O António Alberto foi visitado e fiscalizado pela ASAE... e certamente, não será preciso dizer mais nada... (Confrontado coma necessidade de construir 3 casas de banho, de informatizar todo o sistema de facturas/recibo, de sinalizar entradas e saídas do estabelcimento, de instalar novas prateleiras, ter de ter empregados credenciaidos e essas coisas todas, absolutamente necessárias, o António ficou aterrorizado e resolveu encerrar tudo... foi tentar emprego público... meteu uma cunha, tem emprego e está feliz: faça muito ou faça pouco, recebe todos os meses, tem férias, faz fins de semana, recebe 14 meses e trabalha 11 e ninguém o chateia...)

A Antonieta Lopes vai ser sujeita ao famoso sistema de avaliação (SIADAP) e, posteriormente, ser convidada a aposentar-se por manifesta incapacidade de se enquadrar nos novos contextos de modernidade. (A Antonieta pensou e acabou, mesmo, por se convencer,que está louca...)

É nesta altura que mais um raio de um raio me volta a atingir e que acordo sobressaltado... e desta vez, ainda mais, transpirado, sentado na cama e a gritar "Afonso, porque desobedeceste à tua mãe, carago ?!..."

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sonho mau

Um olhar, às vezes, diz mais que mil palavras…
Sentados, calmos, concentrados e ternurentos, até, … Sócrates e Passos Coelho fixam, um no outro, os respectivos olhares e, assim, no mundo do silêncio encontram as melhores respostas e os melhores entendimentos para o nosso futuro… uma e outra lágrima correm, agora, livremente nos rostos de tão ilustres personagens… levantam-se e abraçam-se… sentida e profundamente… indiferentemente a tudo o que passa à sua volta…

… É nesta altura que costumo acordar sobressaltado, assustado e todo transpirado… raio de gajos… que nem nos sonhos, nos meu sonhos, me deixam tranquilo…

quinta-feira, 21 de abril de 2011

À Rasca ou à Rasquinha ?...








(...) como mais um dos cada vez mais enrascados sinto que à "Geração à Rasca" falta alguma capacidade de desenrascanço (...)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Troika"

Agora que acordamos com a “Troika”, passamos o dia com a “Troika” e nos deitamos a ouvir falar da Troika é legítimo que queiramos saber mas quem raio é essa Troika?
Soube por fontes seguras e fidedignas que o termo "troika" vem do russo e significa “ um carro conduzido por três cavalos alinhados lado a lado, ou mais frequentemente, um trenó puxado por cavalos.”
Agora, sempre que ligo a TV fico triste e alarmado… parece que entregámos o destino e a salvação do nosso país ao livre arbítrio de três cavalos… e por mais ilustres e reconhecidos que sejam, se são assumidamente a designada “troika”, não deixam, em bom rigor, de ser isso mesmo, uns verdadeiros cavalos…
... resta-nos, ainda assim, a dúvida... Será que estes Cavalos também relicham ?...

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PLANO de Salvação Nacional

Estive a pensar (coisa rara mas acontece) e acho que encontrei a solução para a crise em torno da nossa Dívida Soberana. Agora que a pensei parece fácil mas o certo é que nem todos e, ao que sei, nem ninguém, se lembrou desta solução antes, circunstância que me eleva, desde já, à categoria de predestinado na área da economia e das finanças (mesmo considerando os recentes trabalhos do Nobel da Economia, Amart ya Sen, que atira com as culpas todas para os “mercados”) e, já agora, também na área da estratégia… é que nem SUN TZU na Arte da Guerra mostra tanta arte e  engenho !...

Feito o auto elogio curvo-me e dirijo-me a si meritíssimo Ministro das nossas Finanças (sim, também são nossas, senhor Ministro, apesar de às vezes ou quase sempre, não parecer…) e num assomo de coragem apresento-lhe o meu Plano.

O Meu Plano

Senhor Ministro tem de agir !...  Como muito bem sabe, qualquer raciocínio elaborado e estruturado deve partir de um Princípio Orientador e de um Factor Motivador extremamente simples. Atrevo-me a sugerir-lhe a tão reconhecida e sempre presente "capacidade Lusitana pró  desenrascanço”. Ponderada e cuidadosamente deve, então, seleccionar, um Método,  mas não um método qualquer. Um Método que lhe ofereça garantias de solidez e de robustez, que demonstre a eficácia reconhecida pelo tempo e pelo mérito e que, finalmente, seja capaz de resistir a qualquer um desses “teste de stress” muito em voga na Banca. Mais uma vez atrevo-me a soprar-lhe ao ouvido (não me leve a mal tal expressão que, na minha opinião, muito engrandece a nossa língua), o Método Guterres “… é … é só fazer as contas !...”

Orientado pelo Princípio e escolhido o Método deve então seleccionar um Grupo de Actores / Agentes (de confiança é claro...). Quem sugiro? Já vai entender porquê mas eu penso que deve convocar para prestar serviços notáveis e excepcionais à Pátria, a Imprensa Nacional da Casa da Moeda, o Banco de Portugal, os CTT, e a título excepcional e enquadrado em procedimentos de Parcerias Público Privadas, as nossas Celuloses. Mais excepcionalmente, ainda, deve convidar, a título pessoal (para lhe garantir o controle e a autoria de tão ousado plano) um reconhecido Departamento de Matemática de uma meritória Universidade Portuguesa para apoio técnico na revisão do método e dos cálculos.

Só então deverá nomear ou mesmo assumir-se como o Coordenador. O Coordenador tem de ter um ar de chefe que tudo sabe, nunca tem dúvidas e raramente se engana. Alguém que se mostre responsável e assuma tarefas de Estado com um ar sério e competente por fora, mas que, por dentro, tenha enraizado a natureza daquele Princípio enunciado e tenha a capacidade, em nome do Estado, da nossa História e dos altos interesses da Nação, de saber vestir a pele do verdadeiro aldrabão, mesmo no sentido literal do termo e de uma forma sentida e profundamente assumida, reforço eu, no meu entusiasmo já mal contido.

Provavelmente vai receber muitas candidaturas a tal cargo de tanta responsabilidade e patriotismo. Vai receber, por certo, incontáveis curriculuns vitae e ver exercido sobre si o poder das grandes influências mas também o das pequenas cunhas. Mas resista senhor Ministro. Resista. E se sentir dificuldade em encontrar o “verdadeiro escolhido” pois não hesite e retire do perfil a exigência "competente"... e aí o número de potenciais Coordenadores subirá, certa e exponencialmente.

O Plano que lhe ofereço, verdadeiro milagre da economia e das financeiras, será seu e só seu depois de apresentar ao País. Será, definitivamente, o seu Plano,e será sempre para a História que um dia será escrita, um plano brilhante. Merece, por isso, que o apresente de uma forma confiante e soléne. Observe o seguinte registo e experimente senhor Ministro.

Precisamos de 80 Mil Milhões em 3 Anos ? Pois garanto-vos 100 Mil Milhões em 3 fins-de-semana (mostre um ar sério e confiante ao dirigir-se ao País  e nem precisa de explicar que tudo se tem de passar durante os fins de semana por causa da ASAE e das Inspecções Internacionais... faça uma pausa e beba um gole de água... continue depois mais pausamente).

Sob a magistral coordenação do nosso coordenador (personagem política de relevo no nosso país mas que me solicitou o anonimato para evitar que outros Estados o tentem resgatar para tarefas similares), continuando, sob a magistral coordenação do nosso Coordenador e orientado pela excelência do Método adoptado, ordeno à Imprensa Nacional da Casa da Moeda  e ao Banco de Portugal que se articulem e reúnam em três fins de semana consecutivos e programem a produção urgente de NOTAS !... Sim, de Notas, mesmo Notas, de 500, de 200 e de 100 Euros.

Produzido o nosso dinheiro, e é nosso porque é “made in Portugal” devem todos os serviços e equipas de distribuição dos CTT mostrar imediata disponibilidade, sem cobrar qualquer hora extra ou taxas de urgência adicionais, e assim, distribuir pelos inúmeros organismos e entidades com buracos orçamentais as necessárias quantidades de dinheirinho fresco e repor o contador a zero. Será, certamente, uma tarefa árdua porque ter-se-á que percorrer todo o país e certamente haverá sempre mais um buraco para tapar. Mas vai valer a pena. Assim, de uma forma simples, com e só com o nosso esforço, portugueses, iremos resolver de vez o problema da Dívida Soberana. (beba água senhor Ministro, beba e faça mais uma pausa... o povo já está quase convencida... falta apenas apresentar contas, números, lá no fundo, conhecimento científico...)
Para que não restem dúvidas quanto à genialidade deste plano e de que desta vez não se trata apenas de conversa fiada aqui ficam as contas que sustentam o audacioso plano.  É preciso fabricar 100 Mil Milhões de Euros. Ora devemos fabricar exactamente:
Cem Milhões de Notas de 500 Euros (500 x 100 x 106 )
Duzentos Milhões de Notas de 200 Euros (200 x 200 x 106)
Cem milhões de Notas de 100 Euros (100 x 100 x 106)
4 ou 5 Notas de 50 Euros para a malta ir beber um copo e para desviar a atenção da ASAE e das Instituições Internacionais (no fundo para disfarçar…)

Porque precisamos das Celuloses? Precisamente porque precisamos de papel! Muito papel. Mas papel do bom, durável e que garanta a feitura de notas bonitas e atractivas, competitivas e sustentáveis no tempo… Na verdade, Notas que façam mais uma vez a Inveja desses europeus de meia tijela… Quem melhor que as nossas celuloses para nos garantir o desejado papel ? Voltando às contas, uma Nota que seja Nota nunca deve ter menos de 15 x 8 centímetros, logo 120 cm2. Como vimos precisamos de 400 milhões de notas logo precisamos de, no mínimo, 120 cm2 x 400 x106 de centímetros quadrados de papel. Precisamos então de 48 x 10de cm2. Isto deve ser qualquer coisa como 48 x 105 metros quadrados de papel que deve corresponder a cerca de 4,8 Km2 de papel de boa qualidade ! (e acabe por aqui... deseje boa noite à Nação e vá dormir descansado... pois não há descanso melhor que o merecido pelo cumprimentos cabal do nosso dever...)

Não se esqueça, no entanto, que as Celuloses têm de estar de sobreaviso e preparadas para entregar o papel necessário sem quebras de fornecimento, caso contrário corremos o risco de arrastar o processo e a ASAE trama-nos, é tão certo como estarmos aqui, raio de gajos que um dia resolveram inventar…Não esqueça, ainda, e isto é importante, que para tudo isto funcionar necessita que o tal Departamento de Matemática confirme que as contas estão bem feitas. Isso é absolutamente indispensável para dar um ar de entendido e de academismo inquestionável como é comum e admirável cá pelo nosso burgo...

Assim, garanto-lhe, senhor Ministro, será um Ministro com tomates, mas não uns tomates quaisquer, não .... Uns tomatões !...  ouça o que eu lhe digo !...  e salvará o país !...

Um admirador seu seja lá quem Vossa Excelência seja...

sábado, 2 de abril de 2011

Nem sempre se acorda como se quer ...

... Hoje acordei e lembro-me de ter sonhado com um sapo... um sapo grande... gordo... verde... mesmo um verdadeiro sapo... é evidente que o assunto me intrigou e intriga.... confesso... por raios se sonha com um sapo grande-gordo-verde ? De tal forma este estranho facto me perturbou e me deixou meio confuso e atordoado que, sem que me tenha apercebido, dei por mim na biblioteca municipal no meios de um conjunto de obras referenciadoras desse animal que ousou tomar tempo, ou algum tempo, dos meus sonhos... Não consegui concluir nada, não consegui perceber coisa nenhuma para além de que um sapo é um sapo e que o acordar de manhã nem sempre é fácil nem tão pouco previsível... logo hoje que tinha decido acordar bem disposto e ser uma pessoa normal...